Alice Lázaro (1950-2023) possui um currículo que destaca uma prolífica produção literária voltada para um público informado e apaixonado por História.
No início do novo milênio, dedicou-se à pesquisa de acervos documentais presentes em arquivos nacionais e estrangeiros. Como resultado desse minucioso trabalho, várias obras de divulgação desses materiais foram publicadas, sempre acompanhadas de uma contextualização histórica apropriada.
Durante mais de duas décadas, lecionou a disciplina no ensino secundário. Nesse período, desempenhou funções como orientadora pedagógica de estágio integrado, além de se dedicar ao estudo e à divulgação do patrimônio local em diversas conferências. Também atuou como monitora e formadora de docentes nessa área.
No contexto do estudo do patrimônio escolar, especialmente do antigo ensino industrial, realizou pesquisas sobre materiais didáticos e atividades docentes relacionadas ao último quartel do século XIX em Portugal. Esses estudos resultaram em sua dissertação de mestrado em História da Arte, publicada em 2002 pela Câmara Municipal de Coimbra sob o título “Património de Coimbra”.
Além disso, Alice Lázaro foi sócia correspondente da Associação Portuguesa de Genealogia e contribuiu com diversos artigos para a Revista Raízes e Memórias, entre outras.
A 10 de Março de 1826 falecia D. João VI. A morte abria caminho a duas situações aparentemente distintas. A mais decisiva foi a real sucessão. Inerente e aparetemente de menor importância, dá-se um inovado processo de partilhas do legado patrimonial, que englobava até ali o da coroa e do tesouro-real.
A Santarém de Pinho Leal é mais do que a máxima acerca da gloriosa história da cidade e do seu legado patrimonial. A Santarém de Pinho Leal é, antes de tudo, um olhar nostálgico, que se espraia através da sua pena – dupamente pena – impotente, perante os escombros que teimavam em recordar-lhe o passado perdido da urbe.
A narrativa de uma viagem a Portugal, no início do reinado de D. Maria I, nunca chegou a ser traduzida no nosso idioma. Sobre o livro francês pesa ainda a controvérsia, sobre a sua autoria, pergunta que se tem mantido até aos dias de hoje, havendo quem admita que o título esconde, sob pseudónimo, o verdadeiro autor. Alice Lázaro tem oportunidade de explorar a questão em termos definitivos, a partir da localização de uma carta original e inédita do autor da narrativa, para a rainha de Portugal. Dentro do seu estilo, a autora desmonta o enigma em forma de tríler, sem fugir à realidade histórica, que lhe serve de pano de fundo: a Revolução Francesa.
Orasmin é o primeiro conto de autor português e em português, inspirado nas Mil e Uma Noites. O conto foi publicado na forma de folhetim em capítulos e saiu nos números respeitantes ao ano de 1792, do órgão português Jornal Enciclopédico, nos meses de Fevereiro a Maio inclusive.
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Alice Lázaro oferece neste ensaio o estudo dos documentos originais da época de D. Maria I cujo foco é a própria rainha, com o propósito de contrapor a realidade que foi, à realidade que é, a vivência brasileira.
As Lágrimas de D. João VI é resultado das notas de leitura que a autora vem fazendo, ao longo dos últimos anos, em torno da vida privada e semioficial da família real portuguesa, nomeadamente dos reinados de D. Maria I e D. João VI.
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Alice Lázaro aporta neste seu livro testemunhos documentais que contrariam a ideia feita que com foros de única verdade se tem mantido praticamente inalterável do século XIX para cá, quando se fala da mudança da Corte portuguesa para o Brasil em 1807, inculcando no imaginário comum que se tratou de uma fuga pura e simples.
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Alice Lázaro oferece neste seu livro a oportunidade ao leitor de conhecer de perto – através da epopeica narrativa das viagens e feitos do protagonista, navegador do século XVI – a evocação de um tempo e uma vida, sombra que podia ser da de muitos outros, portugueses, como Vasco da Gama, Afonso de Albuquerque, Pedro Álvares Cabral, Bartolomeu Dias, D. Francisco de Almeida ou a de incontáveis e esquecidos, outros, heróis quinhentistas, através de uma escrita de transbordante e inegável lirismo.
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O tempo que sobrava da tarefa primordial aproveitou-o para refazer a selectiva colecta dos trabalhos profanos – digamos assim – dos que da sua lavra, resistiram, à passagem do tempo.
Às vésperas da sangrenta terceira invasão francesa um personagem enigmático, além de estrangeiro, surge num lugar improvável do Ribatejo.
Com o mais fino amor leva-nos aos meandros da corte de D. Maria I, numa viagem onde se tem o privilégio de a seguir na sua privacidade, durante o tempo que vai de 12 de Maio de 1785 a 31 de Dezembro de 1787.
Uma centena de cartas que D. Antónia Margarida de Castelo Branco ou soror Clara do Ss.º Sacramento escreveu a D. João de Sousa, seu primo, vêm contemplar o retrato que se conhece dela, desde a difusão da sua famosa autobiografia.
O clima de tensão acumulada durante o consulado pombalino, designadamente no último ano de vida do rei D. José I e as expectativas criadas nos primeiros tempos de governação da rainha D. Maria I, perpassam vividamente nas cartas de uma freira carmelita que no século se chamou Teresa de Melo.
A publicação das cartas do infante D. João – futuro rei D. João VI – para a irmã, D. Mariana Vitória, sendo ainda muito jovens, é a descoberta de um segredo bem guardado.
La Menina apela propositadamente ao quadro de Velásquez quando propõe ao leitor o reencontro com uma das figuras mais polémicas da nossa História, a partir da troca de cartas familiares entre as Cortes de Lisboa e Madrid, onde se dá a conhecer o dia-a-dia da jovem Carlota Joaquina.
Na lezíria ribatejana o campo da Trava é um sítio no termo de Santarém há séculos demarcado e identificado como tal.
É justo questionar-se alguém qual é o interesse, hoje em dia – quando a notícia se processa à velocidade da internet – escrever ou falar coisas do passado cujo registo chega ao nosso conhecimento, através dos pergaminhos antigos das velhas chancelarias régias, eclesiásticas ou particulares.
Num documento do tempo de D. Dinis (1317), a Lagoalva é identificada como Lacus Albus, denominação latina que corresponde aos vocábulos Lagoa Alva, remota identificação da terra que se situa no concelho de Alpiarça e que mantém, ainda hoje, o nome porqur ficou conhecida, desde tão recuadas eras.
O lugar denominado LAGOALVA – propriedade agrária particular – constituiu uma comenda daquela ordem militar, delimitada e identificável na documentação existente na Torre do Tombo (IAN/TT) cobrindo o largo período histórico que vai do reinado de D. Sancho I à nacionalização dos bens eclesiásticos.
Completa-se aqui o trabalho dedicado pela autora à comenda da Lagoalva da Ordem Militar de Santiago no concelho de Alpiarça.
José Maria de Vasconcellos Mascarenhas viveu num dos mais conturbados períodos da nossa História.
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Tudo o que se sabe de Luísa Clara de Portugal nasceu de uma imagem que encarna o modelo romântico da relação que ela teve com D. João V cuja fama os autores oitocentistas resgataram e a família nunca negou.
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A partir de uma memória existente na Torre do Tombo, a autora reconstitui o tempo e as circunstâncias histórico-políticas de Fernão Roiz Penso, homem de negócios muito influente na corte de D. João IV, preso pela Inquisição.
A infanta D. Maria Benedita foi princesa da Beira e do Brasil pelo casamento com D. José, herdeiro do trono na linha de sucessão da rainha D. Maria I, o que não se verificou devido à morte prematura do Príncipe. Neta do Rei Magnânimo, que ainda conheceu, Dona Maria Francisca era a quarta e última filha do rei D. José I e da rainha D. Mariana Vitória.
Este livro foi o resultado de vários anos de pesquisa sobre materiais didácticos do ensino industrial e do espólio artístico do pintor e professor italiano Leopoldo Battistini, conhecido sobretudo como ceramista.
Paisagens com gente dentro é uma revisitação aos espaços perdidos de um tempo antigo que de tão diferentes ao olhar presente se poderá dizer que são imaginários.
Numa atmosfera intimista e cinematográfica, dominada pelo lirismo intenso da linguagem, a autora recupera a memória de um tempo, sob a forma de diálogo com Valentina, personagem que encarna um mundo à beira do fim, para onde apontam todas as alusões, designadamente, a crise dos reféns americanos em Teerão.
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